sábado, 18 de junho de 2011
Sangria
Eu preciso me ferir
Sentir uma dor real
Ver o vermelho do meu sangue arder em minha pele
Para justificar a minha dor...que tem feridas invisíveis
E nenhum remédio pode curar
Não posso largar tudo e fugir pois ainda pareço inteira
E ninguém iria acreditar
E ninguém sabe realmente quem eu sou
O que acontece
Ou o que sinto
Ou até quando irei aguentar
Estou sempre acompanhada...da minha solidão
Sempre viajando...em meus pensamentos
Sempre sorrindo...para não chorar
Sempre vivendo...nos meus sonhos
Eu não queria acordar.
sábado, 7 de maio de 2011
Decepção
No ápice da satisfação, uma queda
A realidade
E começo a duvidar do meu destino
Se sou eu, ou a humanidade
Em cada decepção, um espinho é cravado
no meu coração
E hoje mais uma vez volto a sangrar
O sol não quis me ver
O céu chorou ao me olhar
Estou vagando como uma alma perdida
Um anjo que não sabe voar
Com mãos frias e medo infantil
Vou me despedindo dos que me acolheram
Dos que me amaram
E dos que nem me conheceram
Eu não me reconheço ao olhar no espelho
Todas as minhas facetas se misturaram
E eu me perdi na minha confusão
Talvez eu morra, talvez eu mate o dragão
Minha fuga não poderá me salvar
Apenas quem me prendeu...
Poderá me soltar.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Minha Alma
Meu corpo está vazio
Sem alma e sem sentimento
Sem dor e sem lamento.
Minha alma foge de mim e
Insiste em te procurar
Sentindo tudo o que não sinto
E nem consigo lembrar.
Minha alma está sempre a vagar
Não quer me obedecer
Não quer me completar.
Não sei se tu existe ou
Realmente morreu
Não na sepultura,
Mas no coração que lhe acolheu.
Briguei com minha alma
Calei o meu coração
Comprei suas mentiras
Meu luto é minha prisão.
Você abriu para mim uma porta...
Pensei ser a saída,
Mas era um labirinto.
Não encontrei uma resposta,
E nem sei mais o que sinto.
Minha alma vive em liberdade
Fugindo da minha ilusão
E eu buscando sua verdade
A minha redenção.
Não perguntes o que sinto
Pois eu não sei o que dizer
Se trazer minha alma de volta
Eu saberei lhe responder.
quarta-feira, 30 de março de 2011
A Rosa
A rosa que me deu
Feriu a minha mão
Meu sangue fluiu fácil
E escorreu para o chão
No susto que levei
Deixei a rosa cair
A rosa que era branca
Ficou rubra quando ví
Deitou-se no meu sangue
E por alí ficou
Estranhamente bela
A mim enfeitiçou
A rosa era o seu amor
Que parecia belo e especial
Mas depois de tanto iludir...
Cravou em meu coração
Seu discreto punhal.
sábado, 5 de março de 2011
Um coracao vazio, escuro e gelado
Um coração vazio
Escuro e gelado
Coberto por teias de aranha
Ha muito abandonado
Quem um dia irá adentrar
Este castelo assombrado?
Cheio de armadilhas e
Um guardião desconfiado
A noite impera nesse lugar
Nao há luz
Nao há luar
Corujas vigiam o jardim de rosas
Vermelhas no amor
E hoje negras, pela dor
Apodrecem nas noites chuvosas
Um dia, talvez, alguem virá derreter
O gelo desse coração
Gelo que esfriou meu sangue
E me trancou no porão
Abraçada a solidão
Eu irei te evocar
Venha antes que o veneno da ira
No meu sangue, tome lugar.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Sem sentidos
Tampei meus ouvidos
Para não ter que escutá-los novamente
E mesmo que eu fique surda
Eles gritarão dentro da minha mente
Fechei meus olhos
Para não ver o meu próprio medo
Minha obcessão está me cegando
Estou vivendo em segredo
Fechei minha boca
Para esconder as palavras de dor
E mesmo em silêncio
No meu rosto vê-se um grito de horror
Fechei meu coração
Para não mais acreditar
Nas palavras de amor
Tão profundas quanto o mar
Fechei as janelas
Para não ver a luz do sol entrar
Me lembra o que perdí
A paz que não quer voltar.
Fantasma
Toda noite antes de dormir
Seu coração irá lhe lembrar
Que o passado ainda não se foi
E um fantasma
Ainda está à vagar
Somente em seus sonhos
Consegue ver e sentir
O vulto que lhe persegue
Mas parece nem existir
Mesmo que não veja
Ele vai estar lá
No fundo da sua mente
Ou esperando chegar a noite
Para poder te encontrar
À luz da lua
Eles passeam
Alguns são vivos
Outros nem tanto
Hà um que lhe procura
Para acalmar
Seu amargo e longo pranto
Ao primeiro raio de sol
Todos retornam à sua missão
Esse alìviou sua agonia
Por ter-lhe visitado
Mas teme ficar preso para sempre
Na noite e sua escuridão.
Vela no vento
Dentro de mim apenas
Uma pequena chama restou
Como uma vela no vento
Que ainda não se apagou
Um coração que dói tanto ao pulsar
Que eu desejaria poder o arrancar
Feridas do passado
Cicatrizadas pelo tempo
E outra que ainda não se fechou
Sangrando intensamente
Desde a noite em que
O seu punhal me golpeou
Agora o que restou de mim
É uma pequena gota de esperança
Em um oceano sem fim.
Amaldiçoada
Fui amaldiçoada na primeira vez que o ví
E mesmo com temor
Eu o perseguí
Eu não sabia o que me esperava
Mas uma força estranha me puxava
Em estado normal não me arriscaria
O que não imaginava é
Que um dia ele fugiria
Entreguei a minha alma,
corpo e coração
Eu doei a minha vida
Era minha religião
Talvez ninguém entenda
E nem precisa entender
Há coisas que nem eu entendo
Forças que não me deixam viver.
Contradição
Às vezes me pergunto se
Isso realmemte deveria
Me entristecer assim
Mas como ser feliz se
Eu não tenho
Um amor pra mim
Às vezes acho que
Não devo chorar
Mas as lágrimas
Simplesmente rolam
E não me deixam evitar
Às vezes acho que não
Deveria perdoar
Mas quem ama perdoa
E quem perdoa sabe amar
Às vezes penso que
Podem ter sido apenas
Meses insignificantes
Mas a ùnica coisa que eu queria
Era reviver aqueles instantes.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
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