quinta-feira, 6 de setembro de 2012
O fim do começo
Não faz sentido eu morrer
Antes de terminar
O que não foi começado
E o que eu preciso está aqui
Não posso morrer ainda
Pois ainda não nasci
Meu caminho é inverso
Eu ando contra o vento
Sem rumo e insensível
Uma sombra na madrugada
Uma luz apagada
Matéria invisível.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
sábado, 18 de junho de 2011
Sangria
Eu preciso me ferir
Sentir uma dor real
Ver o vermelho do meu sangue arder em minha pele
Para justificar a minha dor...que tem feridas invisíveis
E nenhum remédio pode curar
Não posso largar tudo e fugir pois ainda pareço inteira
E ninguém iria acreditar
E ninguém sabe realmente quem eu sou
O que acontece
Ou o que sinto
Ou até quando irei aguentar
Estou sempre acompanhada...da minha solidão
Sempre viajando...em meus pensamentos
Sempre sorrindo...para não chorar
Sempre vivendo...nos meus sonhos
Eu não queria acordar.
sábado, 7 de maio de 2011
Decepção
No ápice da satisfação, uma queda
A realidade
E começo a duvidar do meu destino
Se sou eu, ou a humanidade
Em cada decepção, um espinho é cravado
no meu coração
E hoje mais uma vez volto a sangrar
O sol não quis me ver
O céu chorou ao me olhar
Estou vagando como uma alma perdida
Um anjo que não sabe voar
Com mãos frias e medo infantil
Vou me despedindo dos que me acolheram
Dos que me amaram
E dos que nem me conheceram
Eu não me reconheço ao olhar no espelho
Todas as minhas facetas se misturaram
E eu me perdi na minha confusão
Talvez eu morra, talvez eu mate o dragão
Minha fuga não poderá me salvar
Apenas quem me prendeu...
Poderá me soltar.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Minha Alma
Meu corpo está vazio
Sem alma e sem sentimento
Sem dor e sem lamento.
Minha alma foge de mim e
Insiste em te procurar
Sentindo tudo o que não sinto
E nem consigo lembrar.
Minha alma está sempre a vagar
Não quer me obedecer
Não quer me completar.
Não sei se tu existe ou
Realmente morreu
Não na sepultura,
Mas no coração que lhe acolheu.
Briguei com minha alma
Calei o meu coração
Comprei suas mentiras
Meu luto é minha prisão.
Você abriu para mim uma porta...
Pensei ser a saída,
Mas era um labirinto.
Não encontrei uma resposta,
E nem sei mais o que sinto.
Minha alma vive em liberdade
Fugindo da minha ilusão
E eu buscando sua verdade
A minha redenção.
Não perguntes o que sinto
Pois eu não sei o que dizer
Se trazer minha alma de volta
Eu saberei lhe responder.
quarta-feira, 30 de março de 2011
A Rosa
A rosa que me deu
Feriu a minha mão
Meu sangue fluiu fácil
E escorreu para o chão
No susto que levei
Deixei a rosa cair
A rosa que era branca
Ficou rubra quando ví
Deitou-se no meu sangue
E por alí ficou
Estranhamente bela
A mim enfeitiçou
A rosa era o seu amor
Que parecia belo e especial
Mas depois de tanto iludir...
Cravou em meu coração
Seu discreto punhal.
sábado, 5 de março de 2011
Um coracao vazio, escuro e gelado
Um coração vazio
Escuro e gelado
Coberto por teias de aranha
Ha muito abandonado
Quem um dia irá adentrar
Este castelo assombrado?
Cheio de armadilhas e
Um guardião desconfiado
A noite impera nesse lugar
Nao há luz
Nao há luar
Corujas vigiam o jardim de rosas
Vermelhas no amor
E hoje negras, pela dor
Apodrecem nas noites chuvosas
Um dia, talvez, alguem virá derreter
O gelo desse coração
Gelo que esfriou meu sangue
E me trancou no porão
Abraçada a solidão
Eu irei te evocar
Venha antes que o veneno da ira
No meu sangue, tome lugar.
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