sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sem sentidos



Tampei meus ouvidos
Para não ter que escutá-los novamente
E mesmo que eu fique surda
Eles gritarão dentro da minha mente


Fechei meus olhos
Para não ver o meu próprio medo
Minha obcessão está me cegando 
Estou vivendo em segredo


Fechei minha boca
Para esconder as palavras de dor
E mesmo em silêncio
No meu rosto vê-se um grito de horror


Fechei meu coração 
Para não mais acreditar
Nas palavras de amor
Tão profundas quanto o mar
Fechei as janelas 
Para não ver a luz do sol entrar
Me lembra o que perdí
A paz que não quer voltar.

Fantasma



Toda noite antes de dormir
Seu coração irá lhe lembrar
Que o passado ainda não se foi
E um fantasma 
Ainda está à vagar


Somente em seus sonhos
Consegue ver e sentir
O vulto que lhe persegue
Mas parece nem existir


Mesmo que não veja
Ele vai estar lá
No fundo da sua mente
Ou esperando chegar a noite
Para poder te encontrar


À luz da lua
Eles passeam
Alguns são vivos
Outros nem tanto
Hà um que lhe procura
Para acalmar 
Seu amargo e longo pranto


Ao primeiro raio de sol
Todos retornam à sua missão
Esse alìviou sua agonia
Por ter-lhe visitado
Mas teme ficar preso para sempre
Na noite e sua escuridão.

Vela no vento



Dentro de mim apenas
Uma pequena chama restou
Como uma vela no vento
Que ainda não se apagou
Um coração que dói tanto ao pulsar
Que eu desejaria poder o arrancar
Feridas do passado
Cicatrizadas pelo tempo
E outra  que ainda não se fechou
Sangrando intensamente
Desde a noite em que
O seu punhal me golpeou
Agora o que restou de mim
É uma pequena gota de esperança
Em um oceano sem fim.

Amaldiçoada



Fui amaldiçoada na primeira vez que o ví
E mesmo com temor
Eu o perseguí
Eu não sabia o que me esperava
Mas uma força estranha me puxava
Em estado normal não me arriscaria
O que não imaginava é 
Que um dia ele fugiria
Entreguei a minha alma,
corpo e coração
Eu doei a minha vida 
Era minha religião
Talvez ninguém entenda 
E nem precisa entender
Há coisas que nem eu entendo
Forças que não me deixam viver.

Contradição




Às vezes me pergunto se
Isso realmemte deveria
Me entristecer assim
Mas como ser feliz se
Eu não tenho
Um amor pra mim
Às vezes acho que 
Não devo chorar
Mas as lágrimas 
Simplesmente rolam
E não me deixam evitar 
Às vezes acho que não 
Deveria perdoar
Mas quem ama perdoa
E quem perdoa sabe amar
Às vezes penso que 
Podem ter sido apenas
Meses insignificantes
Mas a ùnica coisa que eu  queria
Era reviver aqueles instantes.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011



Não tenho medo do escuro, pois a pior escuridão já habita meu interior...e se os olhos são as janelas da alma...olhe nos meus olhos e verá as trevas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011