segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"Anjo de negro"


Eu enfrentaria qualquer coisa por você
Iria para a guerra
Sem medo de morrer
E por isso sobrevivo ao
Meu próprio sofrimento
A sua ausência é o meu maior tormento
E estou aqui porque não sei mais quem sou
Uma pequena parte apenas, restou
Meu corpo permanece imóvel
Mas minha alma clama por liberdade
Cada lágrima que sai dos meus olhos
É uma gota de vida
Que se esvai de mim
E vou morrendo aos poucos
Nesse sacrifício sem fim
O anjo de negro não quis mais me guiar
Me jogou nos espinhos e
Me deixou sangrar
Meu sangue se misturou às cinzas
E às lágrimas...
Molhando a semente
Que só germina na escuridão
Fazendo brotar uma flor negra
Uma flor chamada solidão
Alguém arranque do meu jardim
Essas flores venenosas
Cada uma, um sentimento
Envenenando meu coração
Verdadeiro ser da noite
Venha fazer-me companhia
Quero sentir sua pele fria
E seu amor quente como o fogo
Fique comigo essa noite
Faça-me esquecer esse amor morto.

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